É inegável que a arte imita a vida. E
há nesta realidade uma vantagem extraordinária que infelizmente passa
desapercebida porque as obras de arte são frequentadas apenas por diversão, sem
que delas se tire nenhum dos muitos ensinamentos que contêm. Os filmes que
mostram o mundo torpe do tráfico de drogas como Pablo Escobar, O Senhor dos
Céus e A Rainha do Tráfico convidam a meditar sobre a monumental falsidade em
que vive a humanidade ao se deixar levar como gado, sem disposição embora tenha
a capacidade, de refletir sobre o que se passa em derredor de si. Certamente os
autores destas obras não tiveram este objetivo, mas o fato é que o trabalho
destas pessoas mostra a triste, mas inegável realidade de haver mais hombridade
em criminosos do que nas “excelências” supostamente responsáveis pela segurança
da sociedade porque não há como deixar de admitir haver mais dignidade em bandidos
corajosos que enchem malas de dinheiro roubado por meio da bravura e truculência
que não dispensam o matar e morrer nas chuvas de balas do que tê-las cheias por
bandidos covardes que usam da facilidade de que dispõem graças à posição de
autoridade conferida por quem espera proteção contra os bandidos corajosos. Além
do mais, graças à falsa aura de autoridade, os bandidos covardes contam com
maior facilidade para serem defendidos pelos profissionais da socialmente
prejudicial, mas inaceitavelmente legal profissão de dividir com o ladrão de
milhões o produto do roubo.
Daí concluir-se, que por mais absurdo
que possa parecer, sem as autoridades o povo estaria menos expostos às ações dos
bandidos corajosos porquanto visando estes somente as grandes fortunas subtraem
um dinheiro totalmente inútil que em nada contribui para o bem-estar social.
A infelicidade humana decorre de sua
indisposição para meditar sobre a vida graças ao condicionamento do cérebro às
coisas desimportantes para se tornar incapaz de se ligar nas importantes. O condicionamento
cerebral pode ser observado na emoção que leva alguém a ser vítima de um
piripaco cardíaco em função de não ter o goleiro evitado que a bola tocasse a
rede, ou na convicção de ter um intelectualmente esfarrapado motivo para ser
considerado célebre e famoso (incluído nesta ilusão o próprio esfarrapado).
Inté.
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