segunda-feira, 13 de julho de 2020

ARENGA 631


A indiferença com que a juventude sempre encarou a realidade significa que estes jovens são também indiferentes quanto a desmerecer de seus descendentes uma lembrança espiritualmente carinhosa. E não fazem jus a tal sentimento porque esta indiferença os torna incapazes de se indignarem ante as mentiras de consequências funestas para o futuro propaladas como verdades pela papagaiada de microfone.
Destas mentiras resultarão consequências funestas para quem vier depois dos atuais jovens futucadores de telefone. A mentira de ser a competição melhor que a cooperação para a vida em sociedade, surgida quando a cultura moderna substituiu a medieval, trouxe o mundo ao atual estado de ser impossível evitar comer, beber e respirar veneno, em consequência da poluição arrasadora decorrente de outra mentira, a de uma economia baseada no consumismo desenfreado ao custo da destruição do meio ambiente.  Da mentira do agribiuzinesse resultará no exaurimento do solo, na exacerbação da incidência de câncer pela aplicação intensiva de pesticidas, no êxodo rural, no inchaço das cidades que provocará aumento das doenças conhecidas e surgimento de outras até então desconhecidas. A comunicação via zap-zap impedindo o indispensável inter-relacionamento leva à depressão e ao suicídio. A democracia, cuja necessidade de ser respeitada é incessantemente lembrada pelos papagaios de microfone resultou em se ter brutamontes mentais guindados a chefes de estado e legisladores. A atividade política responsável pelo bem-estar individual e coletivo foi assenhoreada por tamanha corrupção que virou assunto para a polícia.   
O que esperar de para um futuro resultante de um presente assim? Como pode a juventude ser indiferente a tal situação? Se todo ser humano é dotado de inteligência, o que leva os jovens a se deixarem levar como manada para um destino que promete ser tão tenebroso quanto o Inferno de Dante? Inté.


Nenhum comentário:

Postar um comentário