A indiferença com que a juventude sempre
encarou a realidade significa que estes jovens são também indiferentes quanto a
desmerecer de seus descendentes uma lembrança espiritualmente carinhosa. E não
fazem jus a tal sentimento porque esta indiferença os torna incapazes de se
indignarem ante as mentiras de consequências funestas para o futuro propaladas como
verdades pela papagaiada de microfone.
Destas mentiras resultarão
consequências funestas para quem vier depois dos atuais jovens futucadores de
telefone. A mentira de ser a competição melhor que a cooperação para a vida em
sociedade, surgida quando a cultura moderna substituiu a medieval, trouxe o
mundo ao atual estado de ser impossível evitar comer, beber e respirar veneno,
em consequência da poluição arrasadora decorrente de outra mentira, a de uma
economia baseada no consumismo desenfreado ao custo da destruição do meio
ambiente. Da mentira do agribiuzinesse resultará
no exaurimento do solo, na exacerbação da incidência de câncer pela aplicação intensiva
de pesticidas, no êxodo rural, no inchaço das cidades que provocará aumento das
doenças conhecidas e surgimento de outras até então desconhecidas. A
comunicação via zap-zap impedindo o indispensável inter-relacionamento leva à
depressão e ao suicídio. A democracia, cuja necessidade de ser respeitada é
incessantemente lembrada pelos papagaios de microfone resultou em se ter brutamontes
mentais guindados a chefes de estado e legisladores. A atividade política
responsável pelo bem-estar individual e coletivo foi assenhoreada por tamanha
corrupção que virou assunto para a polícia.
O que esperar de para um futuro
resultante de um presente assim? Como pode a juventude ser indiferente a tal
situação? Se todo ser humano é dotado de inteligência, o que leva os jovens a
se deixarem levar como manada para um destino que promete ser tão tenebroso
quanto o Inferno de Dante? Inté.
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