Não existem mistérios no mundo, desde
que se pense nas causas das coisas aparentemente sem explicação como a
diferença de mentalidade entre as pessoas vulgares das vulgaridades do Yahoo e
do mundo e pessoas como, a título de exemplo, Nietzsche, Marx, Rosa Luxemburgo,
Anita Garibaldi, Olga Benário, Heloisa Helena, Irmã Dorothy, Marielle Franco, e
tantos outros e outras para quem se deve buscar um mundo melhor. Este aparente
mistério encontra explicação no tipo de ambiente em que tais pessoas viveram a primeira e
segunda infâncias. Quem foi criança num ambiente de pessoas convictas da
importância de riqueza, e que se pode enriquecer praticando esportes com
eficiência ou tendo grandes bundas e peitos, vai para o Yahoo. Quem viveu
aqueles períodos num ambiente de pessoas convencidas de que o importante é
viver num mundo de paz e tranquilidade, vai para o segundo grupo.
Outra coisa com aparência de mistério
é o fato de não haver uma só pessoa no mundo que não almeje ter paz e
tranquilidade, e ninguém ter. Também aí não há mistério algum. Quem buscou a
explicação, encontrou. Mas como é preciso pensar para encontrá-la, fica
desmisterizado o aparente mistério ao se concluir que não pensam os frequentadores
de igreja, axé e futebola cujo peso determina o lado para onde pende a concha
da balança na qual se encontra o destino do mundo.
É por não pensar que se come, bebe e
respira veneno indiferentemente às consequências; é por não pensar que se
carrega no lombo o peso de parasitas travestidos de líderes políticos e
religiosos; é por não pensar que se acredita que “famosos”, “celebridades” e
reis de pau oco sejam importantes; é por não pensar que se prepara um futuro
maldito para as crianças; é por não pensar que se futuca telefone sem saber o
porquê; é também por não pensar que não se percebe que o arrependimento só
chega quando não tem mais nenhuma serventia, e é por não pensar que não se
percebe o tamanho do mel que há em não pensar.
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