sexta-feira, 24 de julho de 2020

ARENGA 641


A afirmação de um historiador da magnitude de Edward Mc Nall Burns (página 111 de História da Civilização Ocidental, primeiro volume), de que nenhum povo da antiguidade teve maior importância para o mundo moderno do que o povo da civilização hebraica, sendo o motivo desta importância o fato de terem os hebreus legado para o mundo moderno o substrato da religião, as histórias da criação e do dilúvio, o conceito de deus como legislador e juiz, junto com esta declaração o historiador esclarece que a infelicidade humana encontra explicação no fato de não terem os seres humanos alcançado ainda maturidade suficiente para habilitá-la a engendrar uma sociedade diferente do pandemônio em que vive. Aponta para esta direção o fato de terem por mais importante aquilo que é importante para pessoas tão inocentes que são capazes de comprar feijão santo, pessoas que constituem o rebotalho mental da sociedade, entre os quais se destacam os analfabetos. Ao contrário, para pessoas de elevado nível intelectual, entre os quais se destacam filósofos como Nietzsche, Politzer, Marx, Ingersol, Sam Harris, entre outros, a religiosidade constitui um mal por explorar a ignorância dos ignorantes da realidade da vida.
O fato de ser importante para a humanidade o que é importante para mentalidades inferiores, mas de nenhuma importância para mentalidades superiores, leva inevitavelmente à conclusão de haver algo de muito errado com a humanidade que considera importante o deus que estabeleceu a Pena de Talião (Êxodo 21:24,25). Ou como juiz se condenou um boi a morrer debaixo de pedradas por ter sido levado pelo instinto a chifrar alguém (Êxodo 21:28). Que condenou alguém à morte por apanhar lenho num sábado (Números 15:35). Que fez a mulher de Ló virar estátua de sal pela bestagem de olhar prá trás (Gênesis 19:26).
Vai daí que se são para a humanidade consideradas importantes estas coisas é porque ela vive ainda na infantilidade de ouvir histórias quaisquer na hora de dormir, o que explica o fato de viver num mundo tão infeliz que é qualificado de mundo cão.



 

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