Sendo nosso objetivo tentar estimular
o exercício do pensamento, embora possa parecer pretensiosismo, tal não se
configura. A observação da vida por oitenta e quatro anos permitiu perceber
estar na carência desse hábito o motivo pelo qual a humanidade se comporta como
manada. Explicado que está, vamos ao trabalho:
Na Rádio Bandeirantes AM de São
Paulo, comentarista de politicagem teceu loas à ação do Japão e Coréia do Sul
pelo fato de terem investindo pesado em educação e, com isto, enriquecido. O
que diriam a respeito os gatos pingados que perdem tempo lendo as bobagens do
Zé Pensador? Ser indiferente significa analfabetismo político, e estar de
acordo significa ser “Maria vai com as outras”, o que não são nosso caso. Seguinte:
Indiscutível é a importância da
educação uma vez que moldando a personalidade do educando molda também a
qualidade de vida social. Como a competição necessária ao enriquecimento é
incompatível com bem-estar social por implicar na extinção de um para que outro
sobreviva, conclui-se pela falta de lógica da fala do comentarista de
politicagem.
A dificuldade em se abandonar um
hábito ainda explica o medo da fome dos tempos de caçador/coletor, quando comer
dependia de achar o que comer, e esse medo alimenta a crença na necessidade de
riqueza, e esta crença leva Reis Midas a parasitar a sociedade por meio da
excrescência do sistema financeiro e ajuntar montanhas de riqueza que além de
ser impossível ser consumida pela enormidade, traz o desassossego de quem porta
consigo muito dinheiro no meio de multidão de necessitados.
É extremamente necessário haver quem
alerte a juventude para a indispensabilidade de analisar as informações que lhe
chegam porque tirando fora zero vírgula muitos outros zeros, todas trazem
consigo mensagens falsas das quais resultam seres humanos se comportando como
feras. O tipo de educação a que se refere o comentarista de politicagem nada
ensina da vida além de produzir a falsa necessidade de riqueza da qual resulta
a roubalheira desenfreada que corrói o erário tão sistematicamente que é
encarada com indiferença, merecendo no máximo a indignação de gatos pingados.
No entanto, sendo o erário responsável pelo bem-estar social, tal tipo de
educação precisa ser pensada e repensada porque a depender dela o planeta será
transformado num dinheiro inútil para os necessitados que permanecerão eternamente
necessitados graças à cultura questionável de ser necessária a existência de
quem para sobreviver precisa executar as tarefas que os almofadinhas consideram
indignas. Como não se pode questionar sem pensar, vai daí ser válido chamar a
atenção para esta realidade.
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