sexta-feira, 17 de julho de 2020

ARENGA 634


Sendo nosso objetivo tentar estimular o exercício do pensamento, embora possa parecer pretensiosismo, tal não se configura. A observação da vida por oitenta e quatro anos permitiu perceber estar na carência desse hábito o motivo pelo qual a humanidade se comporta como manada. Explicado que está, vamos ao trabalho:
Na Rádio Bandeirantes AM de São Paulo, comentarista de politicagem teceu loas à ação do Japão e Coréia do Sul pelo fato de terem investindo pesado em educação e, com isto, enriquecido. O que diriam a respeito os gatos pingados que perdem tempo lendo as bobagens do Zé Pensador? Ser indiferente significa analfabetismo político, e estar de acordo significa ser “Maria vai com as outras”, o que não são nosso caso. Seguinte:
Indiscutível é a importância da educação uma vez que moldando a personalidade do educando molda também a qualidade de vida social. Como a competição necessária ao enriquecimento é incompatível com bem-estar social por implicar na extinção de um para que outro sobreviva, conclui-se pela falta de lógica da fala do comentarista de politicagem.
A dificuldade em se abandonar um hábito ainda explica o medo da fome dos tempos de caçador/coletor, quando comer dependia de achar o que comer, e esse medo alimenta a crença na necessidade de riqueza, e esta crença leva Reis Midas a parasitar a sociedade por meio da excrescência do sistema financeiro e ajuntar montanhas de riqueza que além de ser impossível ser consumida pela enormidade, traz o desassossego de quem porta consigo muito dinheiro no meio de multidão de necessitados.
É extremamente necessário haver quem alerte a juventude para a indispensabilidade de analisar as informações que lhe chegam porque tirando fora zero vírgula muitos outros zeros, todas trazem consigo mensagens falsas das quais resultam seres humanos se comportando como feras. O tipo de educação a que se refere o comentarista de politicagem nada ensina da vida além de produzir a falsa necessidade de riqueza da qual resulta a roubalheira desenfreada que corrói o erário tão sistematicamente que é encarada com indiferença, merecendo no máximo a indignação de gatos pingados. No entanto, sendo o erário responsável pelo bem-estar social, tal tipo de educação precisa ser pensada e repensada porque a depender dela o planeta será transformado num dinheiro inútil para os necessitados que permanecerão eternamente necessitados graças à cultura questionável de ser necessária a existência de quem para sobreviver precisa executar as tarefas que os almofadinhas consideram indignas. Como não se pode questionar sem pensar, vai daí ser válido chamar a atenção para esta realidade.         



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