sábado, 11 de julho de 2020

ARENGA 629


Inteligência é a habilidade de se adaptar às mudanças. (Stephen Hawking).
Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos de quem não sabe voar (Nietzsche).
O homem chega à maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade com que uma criança encara uma brincadeira (Nietzsche).
A direção em que a educação inicia um homem determinará seu futuro na vida (Platão).
Uma das penalidades por se recusar a participar da política é que você acaba sendo governado por pessoas inferiores (Platão).
Antes de diagnosticar a si mesmo com depressão ou baixa autoestima, primeiro tenha certeza de não estar cercado de idiotas (Freud).
O lado bom da internete possibilita a quem quiser, conhecer muitos pensamentos dos Grandes Mestres do Saber que nos legaram valorosas lições, infelizmente, inalcançável pelas mentes rasteiras de frequentadores de igreja, axé e futebola. Quero convidar os gatos pingados que por não terem coisa melhor a fazer e terem conseguido superar a fase triste de povo, caso contrário não estariam por aqui, para a tarefa agradável de meditarmos juntos sobre o recado contido nas frases daquelas feras do saber.
Na primeira e na segunda delas está a explicação de ser a falta de inteligência o motivo pelo qual os ajuntadores de riqueza gastam boa parte de suas fortunas assalariando filósofos que filosofam a em troca da despensa abastecida, autores de “Best-Sellers”, papagaios de microfone, “famosos” e “celebridades” do pão e circo, trupe assalariada com a finalidade de evitar justiça social e, pela banalização das vulgaridades, evitar a evolução espiritual que mantém a humanidade na condição de manada. Daí o sentido pejorativo das expressões comunista e esquerdista e mesmo o “desaparecimento” de pessoas que propõem paradigma diferente em que se basear a atividade de viver. Marielle Franco foi a última delas entre nós. Os apegados ao mesmismo excluem os inovadores do mesmo modo como as demais gaivotas do livro Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach, excluíram a gaivota Fernão Capelo por buscar aperfeiçoar seu voo alçando-se a grandes alturas e belas e emocionantes piruetas em vez de chafurdar como as demais no montão de lixo. Verdade que as loucas aventuras inovadoras de Fernão Capelo levou-o a morrer. Mas, para ele, foi melhor inovar do que viver em grande algazarra no lixo para, no final, ter de morrer do mesmo jeito.
A fim de inteirar do sentido da terceira sentença, também do mestre Nietzsche, é necessário observar com quanta seriedade uma criança encara suas brincadeiras. É a falta desta seriedade que justifica a algazarra da massa bruta de povo, que, tal e qual as gaivotas de Richard Bach, chafurdam no lixo das baixarias da proliferação da prostituição física e mental, incapaz de inovar.
No quarto e no quinto pensamentos o mestre Platão, discípulo de Sócrates, há cerca de dois mil e quinhentos anos, já ensinava não só a importância da educação uma vez que dela resultará a personalidade do adulto, mas também mostra ser impossível evitar ser governado por pessoas inferiores porque para os tocadores do berrante que conduz a manada humana, deve ser evitada a todo custo uma educação do tipo da proposta por Paulo Freire sugerindo inclusão de matéria que estimulasse a capacidade de raciocinar da juventude. Aos falsos líderes interessa a conveniência de uma educação que ensine amor a deus, apego à riqueza e conformismo às adversidades. Este tipo de educação forma um povo incapaz de se elevar além da mediocridade de orar e ajuntar dinheiro. Este tipo de educação impossibilita o sonho platônico de serem filósofos os governantes porque quem foi criança educada para amar deus e dinheiro jamais poderá elevar-se ao desprendimento que caracteriza o verdadeiro líder.  Daí ter a política virado caso de polícia e um presidente da república que estimula seu povo a comprar feijão santo. É de se notar, entretanto, que o homem tinha de ter apego à riqueza se foi criado à semelhança de um deus que tinha o esse mesmo apego demonstrado na participação do saque de Jericó (Josué 6:19).
Por último, o mestre Freud concorda como outro pensador que afirmou ser a convivência com o povo um mal-estar semelhante a uma doença. Realmente, sendo o ser humano fortemente estimulado a necessitar de companhia, aqueles que se elevaram espiritualmente e atingiram o estado de gente não podem se sentir bem em companha de quem ainda se encontra no estado de povo face a uma educação voltada para impedir a elevação espiritual, categoria na qual se insere a quase totalidade dos seres humanos. Daí a recomendação do mestre Freud.
Por último, aos gatos pingados que nos honram com sua atenção, com base na experiência de quase um século de observação da vida, queremos também fazer a recomendação de tirar algum tempo do corre-corre para iniciar os filhos em uma educação da qual resulte gente em vez de povo ou manada. Inté.    





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