quinta-feira, 9 de julho de 2020

ARENGA 628


            Pior do que os livros que não contribuem para a evolução mental, escritos por intelectuais que tendo como ganha-pão a atividade de escritor, precisam escrever muito sob pena de ficar sem pão. Como quem fala muito dá bom-dia cavalo, rola pelaí grande quantidade de livros que são apenas um amontoado de frases inúteis.

Entretanto pior do que os livros que livros inúteis são livros prejudiciais domo NÃO, SR. COMUNA escrito pelo professor de educação física, Evandro Sinotti, portanto, um Mick Tyson das letras, cujo trabalho demonstra além de atraso mental ao fazer apologia do perverso sistema capitalista, também demonstra desinteligência por partir esta apologia de um assalariado, portanto, também prejudicado pela escravidão do emprego por meio da qual os capitalistas enchem as burras de riqueza às custas de quem sua a camisa, principalmente sendo professor de educação física.

O livreco é como O Marimbondo De Fogo, de Sarney, que segundo Millôr Fernandes é desses livros que quando a gente larga não quer mais pegar. É um puxa-saquismo tão nojento que os Reis Midas do mundo estarão todos de saco tão roxo quanto o de um ex-presidente da república. Sendo o babaovismo capaz de provocar náuseas, não prosseguimos na leitura por ser tão imbecil quanto a do livro        QUE SE DANEM OS NORMAIS.

Entretanto, tendo este cantinho de pensar por objetivo brigar contra as mentiras, não vamos deixar passar em branco pelo menos a deslavada mentira com a qual o Holyfield das letras inicia o babaovismo: “... o capitalismo na Inglaterra transformou o povo inglês, que era pobre em épocas anteriores, em um dos povos com melhor qualidade de vida do mundo”.

Tal afirmação revela que este Muhammad Alli das letras está tão longe da verdade quanto a senhora Elba Ramalho ao se declarar cristã porque seu padrão de vida em nada combina com a simplicidade pregada por Cristo.

A riqueza inglesa a que se refere o Rocky Balboa das letras proveio da Revolução Industrial sobre a qual o historiados Edward McNall Burns na página 692 do segundo volume de História da Civilização Ocidental prova ser mentira o que diz o George Foreman das letras:

Em 1848, John Stuart Mill afirmava que todas as invenções mecânicas não tinham aliviado a labuta de um único ser humano.

As máquinas fizeram com que homens robustos perdessem seus empregos pelo trabalho mais barato de mulheres e crianças.

Muitas fábricas eram piores do que prisões. Tinham janelas pequenas conservadas fechadas para manter a umidade necessária à manufatura do algodão. A atmosfera viciada, o calor sufocante, a falta de higiene e horários intoleráveis reduziam inúmeros operários a pobres criaturas macilentas e minadas pela tísica, arrastando muitos ao alcoolismo e ao crime.

As cidades industriais se desenvolveram de modo tão desordenado que as condições de habitação dos pobres eram abomináveis.

Em Manchester, um oitavo das famílias operárias vivia em porões e outras se amontoavam em miseráveis habitações coletivas com até doze pessoas morando em um só quarto.

Eram tão pavorosas as condições que os empregados das fábricas inglesas tinham no começo do século XIX um nível de vida inferior ao dos escravos das plantações americanas.

Esse é o retrato perfeito do capitalismo endeusado pelo Eder Jofre das letras.

      

     

 


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