sábado, 4 de julho de 2020

ARENGA 624


A observação do filósofo de que o hábito de ter como certa uma coisa errada faz com que ela pareça certa explica a razão do sofrimento humano. É que os seres têm absoluta certeza de estar certo o procedimento errado de almejar e agir no sentido de se tornar rico por acreditar encontrar na riqueza a paz e a tranquilidade sonhadas por todos. Esta falsa crença leva escritores a escreverem livros cujo tema é como enriquecer, e papagaios de microfone papagaiam nos meios de comunicação dicas de como lucrar com a agiotagem parasitária do sistema financeiro. Daí haver necessidade de assumirem postura diferente da tradicional todos aqueles que superaram a lamentável fase da ingenuidade de povo, e que por isto mesmo se tornaram capazes de pensar além de futebola, axé e oração, se é que desejam para seus filhos um futuro menos infeliz do que o presente que lhes legaram seus antepassados, assumirem com devoção o dever de não perder oportunidade de despertar os jovens para o erro monumental de acreditar serem deus e riqueza as coisas mais importantes da vida. Quem quer que tenha se tornado capaz de escrever deve fazê-lo condenando o erro absoluto de ter como certa a orientação dada à vida pela cultura enviesada de deixar a cargo de ladrões a responsabilidade de administrar a imensa fortuna que a classe trabalhadora do mundo produz,  suficiente para não haver pobreza no mundo, não fosse haver permissão para que governantes imbecis se pavoneiem com glamuroso esplendor custeado por quem tem necessidade de coisas básicas. Para o bem da humanidade é necessário perceber-se estar errado tal comportamento. Thomas Paine, há mais de dois séculos, quando então o governante era chamado rei e ostentava uma coroa como símbolo do poder, já denunciava a nocividade de governantes ao declarar que um homem honrado era mais útil à sociedade do que todos os rufiões coroados do mundo. (Página 115 do livro Senso Comum, da coleção Obra Prima de Cada Autor).
Daí ser mais importante procurar despertar a juventude para a realidade de nada se poder esperar de governantes do que tergiversar sobre questões como esclarecer se Jesus é deus e se sua mãe o pariu virgem porque existe uma quantidade infinita de papagaios de microfone entre eles filósofos assalariados com a missão de fazer com que coisas erradas sejam tidas como certas tais como a apologia do agrobiuzinesse fabricador de cânceres, da prostituição que faz muito mal às jovenzinhas inexperientes, da agiotagem do imoral sistema financeiro, do compra-compra, de haver motivo para fama e celebridades nos “famoso” e nas “celebridades”. São provas de que não estamos mentindo. Inté.  

         

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